
O sindicalista acompanhado de sua assessoria tomou o depoimento de alguns trabalhadores que estão sendo submetidos diariamente a prática de assédio moral por parte dos chefes imediatos nos trechos de obras, neste final de semana, no município de Nova Mamoré, a 280 quilômetros de Porto Velho.
Um dos principais problemas encontrados são a falta de equipamento de segurança para os trabalhadores, principalmente operadores de máquinas pesadas. “São pais de família que trabalha até no final de semana por um salário sem hora extra. O local onde esses servidores dormem mais se parecem pocilgas, sem qualquer condição de uma acomodação digna de um trabalhador”, lamentou.
Nos depoimentos colhidos pelo sindicalista, a figura responsável por essas e outras situações como assédio moral sobre os trabalhadores recaem sobre o chefe da equipe de nome Júlio Villar. Segundo os trabalhadores, o encarregado não possui qualquer tipo de educação no trato com a equipe e é dado ao assédio moral e humilhações de toda a sorte contra os servidores. Há o caso de uma cozinheira que dorme misturada aos homens, no chão do alojamento, por absoluta falta de um local mais apropriado.“Vou levar ao conhecimento das autoridades as privações e as condições desumanas que estes trabalhadores estão sendo submetidos. É bom lembrar que toda essa situação não é compensatória financeiramente porque os trabalhadores, em que pese trabalharem, mais de 13 horas por dia, não ganham hora extra porque o DER ainda não tem o controle da freqüência dos servidores, descumprimento o acordo que o Governo do Estado assinou junto ao Ministério Público do Trabalho”, denunciou Claymilton.O sindicalista é autor de várias denúncias contra o DER nos órgãos de fiscalização do Trabalho e é um dos maiores incentivadores da realização de concurso público no Departamento. “Um órgão como o DER que tem mais de 20 anos de fundação não possuir quadro efetivo é uma aberração. O Governo prefere inchar o departamento com comissionados a valorizar os servidores que são a verdadeira força de trabalho do órgão. Todas as obras alardeadas pela imprensa e publicidade oficiais vêm da força e abnegação desses servidores que nunca são lembrados ou valorizados”, finaliza.