segunda-feira, 26 de maio de 2008

Mulher é obrigada a dormir junto com 32 homens em frente de serviço do DER em Nova Mamoré, denuncia sindicalista.

O presidente do Simporo, Claymilton Alves, resolveu ir mais além das denúncias que vêm fazendo diariamente na imprensa sobre as irregularidades que estariam ocorrendo nas Residências do Departamento de Estradas do Estado de Rondônia (DER) e que serão alvo de novas denúncias no Ministério Público do Trabalho.
O sindicalista acompanhado de sua assessoria tomou o depoimento de alguns trabalhadores que estão sendo submetidos diariamente a prática de assédio moral por parte dos chefes imediatos nos trechos de obras, neste final de semana, no município de Nova Mamoré, a 280 quilômetros de Porto Velho.
Um dos principais problemas encontrados são a falta de equipamento de segurança para os trabalhadores, principalmente operadores de máquinas pesadas. “São pais de família que trabalha até no final de semana por um salário sem hora extra. O local onde esses servidores dormem mais se parecem pocilgas, sem qualquer condição de uma acomodação digna de um trabalhador”, lamentou.
Nos depoimentos colhidos pelo sindicalista, a figura responsável por essas e outras situações como assédio moral sobre os trabalhadores recaem sobre o chefe da equipe de nome Júlio Villar. Segundo os trabalhadores, o encarregado não possui qualquer tipo de educação no trato com a equipe e é dado ao assédio moral e humilhações de toda a sorte contra os servidores. Há o caso de uma cozinheira que dorme misturada aos homens, no chão do alojamento, por absoluta falta de um local mais apropriado.“Vou levar ao conhecimento das autoridades as privações e as condições desumanas que estes trabalhadores estão sendo submetidos. É bom lembrar que toda essa situação não é compensatória financeiramente porque os trabalhadores, em que pese trabalharem, mais de 13 horas por dia, não ganham hora extra porque o DER ainda não tem o controle da freqüência dos servidores, descumprimento o acordo que o Governo do Estado assinou junto ao Ministério Público do Trabalho”, denunciou Claymilton.O sindicalista é autor de várias denúncias contra o DER nos órgãos de fiscalização do Trabalho e é um dos maiores incentivadores da realização de concurso público no Departamento. “Um órgão como o DER que tem mais de 20 anos de fundação não possuir quadro efetivo é uma aberração. O Governo prefere inchar o departamento com comissionados a valorizar os servidores que são a verdadeira força de trabalho do órgão. Todas as obras alardeadas pela imprensa e publicidade oficiais vêm da força e abnegação desses servidores que nunca são lembrados ou valorizados”, finaliza.