Uma equipe de do GIC (Grupo de Investigação e Captura da Polícia Civil), após receber informações de que na noite de quinta-feira (08) passaria pelo distrito de Jacy-Paraná, 90 km da capital, alguns homens em um veículo Ford KA, placa NEB 9342, trazendo produtos ilícitos da Bolívia, com suspeita de serem armas, munições e entorpecentes. Esses homens estava sendo investigados pela Inteligência da polícia em relação a prática de crime ambiental na exploração de madeira ilegal na região de Extrema, em Jacy e Porto Velho.Na abordagem realizada pelos policiais no veículo, no km 80, por volta das 23h47, Juvaldir Rodrigues Paiva, 25 anos, condutor, disse que não iria ficar calado e assumir a responsabilidade sozinho - cagüetando os outros -, afirmando que as pistolas encontradas em seu poder haviam sido entregues por Dario de Souza Lopes, 31 anos, e Zildo Lúcio Cavalcante, 35 anos. Os dois acabaram contando que adquiriram as armas e munições na Bolívia e que apenas um revolver, calibre 38, da marca Rossi, e que estava em um coldre na perna direita pertencia a Zildo.
ARSENAL
Os policiais então realizaram diligências até a residência do Juvaldir, onde acabaram encontrando um arsenal de grande poder de fogo, apreendendo seis armas de fogo, quatro pistolas, sendo uma calibre 45 (Colt PT FA MFG) automática, outra 9mm (nº 6002773), outra Taurus 380, sem numeração definida, e outra 380 (nº K0J39166) sem marca, 47 munições calibre 38, uma carabina PUMA, calibre 38, e uma espingarda, calibre 16, além de cinco carregadores para pistolas, 64 munições calibre 9mm, 294 munições calibre 12, e seis munições calibre 45, sete munições 380, e uma munição calibre 22, seis cartuchos deflagrados calibre 20.
Foram encontrados também três aparelhos celulares, da marca Nokia, uma bolsa com várias peças de roupas, dois coldres. Segundo histórico do B.O. Juvaldir afirmou aos policiais que era responsável pelo arsenal encontrado, porém ele ressaltou que as armas e munições tinham que ser entregues na fazenda de um cidadão conhecido como Adailton, e que a fazenda estava sendo invadida por integrantes do movimento Sem Terra.
Juvaldir então resolveu apontar funcionários da fazenda que possuem armas como forma de prevenção para possível confronto com os sem terra. Juvaldir disse que o gerente da fazenda, conhecido como João, possui uma pistola e que outro, conhecido como Nilton, tem uma escopeta, calibre 12.
Diante das evidências os envolvidos receberam voz de prisão e foram informados de seus direitos constitucionais. Os policiais entregaram todo o armamento apreendido e também o veículo Ford KA.
