terça-feira, 15 de julho de 2008

Comissão das esposas apresentam proposta de Cassol, PMs rechaçam acordo.

Após duas horas de reunião entre as lideranças do movimento das esposas dos policiais militares, que integravam a comissão de negociação com o governador Ivo Cassol, o que levava a crer que as propostas apresentadas dariam fim a paralisação dos Pms, aquartelados nos Batalhões, uma reviravolta mudou totalmente a situação e a paralisação continua.
Na reunião, a comissão das esposas que estiveram com Cassol, trouxe para discussão no 1º Batalhão, uma proposta governamental.
Foram três pontos de sugestões discutidas. A primeira diz respeito a não punição e retaliação dos policiais e bombeiros, que foi aprovada pelos cerca de 200 Pms presentes.
A segunda cláusula da ata, não estipulava o percentual de indíce de aumento salarial, mas marcava o próximo dia 21 de julho como data para se sentar e discutir o valor real de aumento. Esta reunião seria intermediada pelos deputados Wilber Coimbra e Ezequiel Neiva, eleitos pela categoria, mas que não teriam aparecido nenhuma vez nas portas dos quartéis para se solidarizar ao movimento.
O terceiro e último ítem discutido foi em relação a data de 5 de agosto, quando a Assembléia Legislativa volta do recesso e votaria o projeto de lei de aumento salarial. A partir deste momento, houve uma intensa discussão por parte dos policiais que ouviam as propostas e a comissão que esteve na casa do governador.
Após acalmarem os ânimos, foi feita uma votação com os policiais sobre o fim ou não da greve. Com as mãos para o alto, a maioria deliberou pela continuidade do movimento grevista, afirmando que a ALE/RO tem que ser convocada imediatamente para, em sessão extraordinária, aprovar o projeto de lei de aumento salarial.
A comissão das esposas se reuniu em assembléia, logo após a reunião para decidir o que fariam diante do que foi proposto. Ao ser colocado em votação se aceitariam a proposta do Governo, todos foram unânimes em rechaçar, oficializando por fim a permanência dos policiais militares nos quartéis e o prosseguimento da paralisação.