quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Expedito Júnior insiste na suspensão de pagamento da dívida do Beron.

O senador Expedito Júnior (PR/RO) defendeu a suspensão imediata do pagamento da dívida do Banco do Estado de Rondônia (Beron) até que se conclua a auditoria pedida hoje pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado Federal ao Tribunal de Contas da União (TCU). Durante audiência pública que analisou o caso do Beron, Expedito Júnior chegou a pedir ao presidente da CAE, senador Aloísio Mercadante (PT/SP), que os senadores votassem na comissão um requerimento propondo a suspensão. Mas Mercadante entendeu que a CAE não teria essa competência. A votação do processo de renegociação só deverá ser feita em pelo menos 90 dias, prazo concedido pela CAE para que o TCU apresente um relatório sobre as responsabilidades pelo aumento da dívida do Beron de R$ 40 milhões para R$ 600 milhões durante a intervenção do Banco Central. Expedito Júnior teme que o processo só volte a ser discutido somente no próximo ano. “Estamos esperançosos que a nova auditoria possa comprovar a irregularidade na gestão no Banco Central. Outro ponto importante é todos tomaram conhecimento que os aditivos contratados pelo Beron durante a intervenção não teve o aval do Senado”, comentou o senador. Expedito Júnior, que é autor de requerimento pedindo a discussão da dívida, entende que a gestão do Banco Central para salvar o Beron foi criminosa e, por isso, o governo de Rondônia não deve continuar arcando com isso. “Não tenho dúvidas de que houve crime. E ninguém até hoje foi responsabilizado”, afirmou Expedito Júnior. Os senadores tiveram a oportunidade de conhecer trecho do relatório do TCU onde há avaliação de técnicos de que a dívida não prejudica o estado. Mas o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia Valdivino Crispim de Souza disse que houve desmando na gestão da instituição. Participaram da audiência pública 21 dos 24 deputados estaduais de Rondônia. Todos defendem a suspensão do pagamento da dívida.