sábado, 22 de março de 2008

Caos, muita lama e falta de drenagem transformam bairro da capital em um igarapé e foco de insetos.

Os moradores do bairro Igarapé, antigo Jardim Ipanema, zona Leste da capital, estão inconformados com a atual situação que se encontra o local, o cenário é dos mais caóticos para boa parte da população, pois, a lama, o barro, buracos que se assemelham a crateras e alagações fazem parte da vida cotidiana daquelas pessoas que ali residem.
A reportagem do Rondoniaovivo recebeu inúmeras reclamações e foi até o bairro para constatar se o caos tão propalado existia de fato. Um dos moradores daquela região, Francisco Carlos, que tem a sua casa na rua Maria de Lurdes, informou que coincidentemente na manhã de quinta-feira (20) uma equipe da SEMUSB (Secretaria Municipal de Serviços Básicos) estava limpando e encascalhando a via que mora.
O problema, porém, é mais sério do que parece, pois o serviço da Secretaria é apenas para efeito paliativo diante dos problemas que acarretam àquele bairro, principalmente em relação às chuvas e a falta de uma rede de esgoto para que ocorra o processo de drenagem das ruas. Os moradores reclamam da falta de infra-estrutura para o escoamento das águas paradas e grandes lagoas que formam em muitos quintais.
“Não adianta colocar cascalho nas ruas e compactar se depois a rua será tomada pela águas, que formarão buracos, com muita lama”, disse um dos moradores, que não quis se identificar.
ALAGAÇÕES
A reportagem encontrou alguns moradores em frente de suas casas enquanto os homens da SEMUSB trabalhavam, mesmo diante do esforço da equipe que compactava o cascalho posto em uma das ruas, uma moradora, Rose Silva, mostrou o que ocorria na sua residência. O quintal estava todo alagado, no mesmo espaço se encontra a casa de seu filho. Rose disse que há 15 anos mora naquele local e pela primeira vez as ruas do bairro estavam sendo encascalhada.
De acordo com Rose a melhoria promovida pela prefeitura acaba se transformando em um transtorno porque a água da chuva não tem para onde ir, pois, na rua o sistema de escoamento na existe e muito menos de drenagem e esgoto. “Com a água parada em meu quintal e nas valas da rua, temos uma proliferação de larvas de mosquitos, o que acaba tornando todos nós vulneráveis a dengue e a malária”, reclamou Rose.
DIFÍCIL ACESSO E BICHOS
Telma Lucia, costureira, também moradora da rua Maria de Lurdes, é da mesma opinião de sua vizinha Rose. “ Não adianta só encascalhar porque não tem lugar algum para a água da chuva escoar”. Segundo ela as “lagoas” que apareceram em frente de sua casa lhe prejudicaram inclusive financeiramente, pois os seus clientes não conseguiam ir até a sua casa. Em diversas ruas do bairro foi contatado que por causa dos buracos, das poças de lama gigantescas o acesso dos carros de pequeno, médio e grande porte é muito difícil.
Na rua Neuza, no mesmo bairro, moradores disseram a reportagem que a dificuldade e tanta que quando chove a criançada tem que ir carregada pelos pais até um determinado lugar. Segundo os moradores da rua Neuza, diversos animais são encontrado em alguns “lagos”, como, jacaré, cobras, ratos e peixes são encontrados na rua que agora virou uma lagoa.
De acordo com a moradora, por falta de iluminação na rua a segurança é precária em todo o bairro, cita o caso de uma menina que foi estuprada há pouco tempo. “Os assaltantes deitam e rolam no bairro e terrenos baldios têm em todas as partes do bairro”, disse a moradora.
A reportagem tentou entrar em contato com a SEMUSB e a SEMOB, mas ambas estão em ponto facultativo devido a semana santa.