
Pela lei, o Sintero, que tem mais de 20 mil servidores em sua base, teria direito a mais de 50 diretores liberados. No entanto, por entender que não havia necessidade de tanta gente, mantinha apenas 32 servidores à disposição do trabalho sindical. Desses, menos de 20 são professores, quantia bem menor do que os apadrinhados políticos que continuam à disposição de gabinetes na Assembléia Legislativa e em vários outros setores do governo.
Ao dizer que os dirigentes do sindicato não trabalham, o governador apenas está confirmando que a sua administração não reconhece e não respeita a legitimidade dos sindicalistas eleitos democraticamente pelos servidores para representá-los e para defende-los da truculência e das perseguições.
A mando do governo, os deputados estaduais aprovaram várias leis que prejudicam os servidores, inclusive uma Emenda Constitucional que limita a quatro o número de dirigentes sindicais liberados. Com isso, o governo tenta impedir o trabalho sindical, já que não pode mandar fechar os sindicatos e demitir os representantes dos servidores.
A mentira do governador, de que os dirigentes do sindicato não trabalham, não convence aos próprios servidores, que vêm o trabalho sindical e reconhecem a atuação dos sindicalistas. O desmentido dos sindicatos, no entanto, se faz necessário, para que a sociedade tenha conhecimento de como atua o pior governo que Rondônia já teve para os servidores públicos.