sábado, 22 de março de 2008

Cassol mente para tentar justificar perseguição a sindicato.

Em entrevista a meios de comunicação da Capital o governador Ivo Cassol mentiu para a população na tentativa de justificar a perseguição cega que vem fazendo aos sindicatos de servidores, especialmente ao Sintero, que jamais se curvou à sua truculência e às suas ordens. Cassol disse que os dirigentes do Sintero ganhavam sem trabalhar, o que não é verdade. A direção do Sintero se manifestou quanto às mentiras do governador e esclarece que os dirigentes sindicais eram liberados por lei para desenvolverem o trabalho sindical, de defesa dos direitos dos servidores. Estando liberados para o trabalho sindical, os servidores cumprem jornada, assinam ponto, têm que comparecer ao serviço e mostrar competência no que fazem.

Pela lei, o Sintero, que tem mais de 20 mil servidores em sua base, teria direito a mais de 50 diretores liberados. No entanto, por entender que não havia necessidade de tanta gente, mantinha apenas 32 servidores à disposição do trabalho sindical. Desses, menos de 20 são professores, quantia bem menor do que os apadrinhados políticos que continuam à disposição de gabinetes na Assembléia Legislativa e em vários outros setores do governo.

Ao dizer que os dirigentes do sindicato não trabalham, o governador apenas está confirmando que a sua administração não reconhece e não respeita a legitimidade dos sindicalistas eleitos democraticamente pelos servidores para representá-los e para defende-los da truculência e das perseguições.

A mando do governo, os deputados estaduais aprovaram várias leis que prejudicam os servidores, inclusive uma Emenda Constitucional que limita a quatro o número de dirigentes sindicais liberados. Com isso, o governo tenta impedir o trabalho sindical, já que não pode mandar fechar os sindicatos e demitir os representantes dos servidores.

A mentira do governador, de que os dirigentes do sindicato não trabalham, não convence aos próprios servidores, que vêm o trabalho sindical e reconhecem a atuação dos sindicalistas. O desmentido dos sindicatos, no entanto, se faz necessário, para que a sociedade tenha conhecimento de como atua o pior governo que Rondônia já teve para os servidores públicos.