segunda-feira, 10 de março de 2008

Motor falha e avião faz pouso forçado em Sena.

Um avião monomotor (prefixo PT-EAD), pilotado por Adolfo Filho, fez um pouso forçado ontem de manhã em uma fazenda, localizada a 12 de quilômetros de Sena Madureira.
O avião levaria seis passageiros a Manoel Urbano, 84 quilômetros de Sena.
A aeronave havia decolado de uma pista no km 7 da BR-364 e, cinco minutos após sair do chão, o motor apresentou falhas. Além do piloto, estavam Osmar Géber, Estela Nádima, Maria Mafisa, Luzia e Adriano Cipriano, além de um bebê de 13 dias de nascido, todos da mesma família.
O piloto contou que logo ao decolar notou que as luzes do painel indicavam uma pane no motor. Ele disse que iniciou uma manobra para retornar à pista, mas foi obrigado a realizar o pouso forçado quando o motor parou totalmente.
“Eu procurei uma área desabitada para aterrissar. A gente estava a 400 metros do chão, mas felizmente não houve vítimas fatais”, disse aliviado.
No impacto, o trem de pouso e parte da fuselagem do avião ficaram danificados. No choque, duas passageiros ficaram imprensadas entre as cadeiras, mas foram socorridas. Uma dela, Luzi Cipriano, era a mãe do recém-nascido, que no início da tarde de ontem foi encaminhada a Rio Branco.
Os três membros da mesma família são parentes do vereador de Manoel Urbano, Raimundo Cipriano, o Cocão.
O primeiro a chegar ao local do acidente foi um peão da Fazenda Brasil, onde a aeronave aterrisou. Ele contou que viu quando o avião se aproximava do solo e percebeu que algo de errado estava acontecendo. Ao se aproximar, viu quando duas pessoas desceram e ajudaram os demais passageiros a saír da aeronave.
Osmar Geber, um dos passageiros contou que houve pânico, gritaria e muito choro a bordo.
“Quando a gente notou que o avião ia cair, entramos em pânico. Todo mundo começou a gritar. Eu fechei os olhos e só abri quando senti o impacto com o chão. Acho que a gente nasceu de novo”, disse emocionado.
A Aeronáutica enviou ontem ao local do acidente uma equipe que investigará as causas do ocorrido. Pelo estado em que ficou o avião, terá que ser removido do local, porque, segundo o piloto, o sistema que permite a decolagem foi danificado.