
Os dois marginais entraram tranquilamente no motel num táxi e saíram no carro do advogado, sem que ninguém tenha notado nada de anormal. Pelo menos esta é a versão que contaram para a polícia.De acordo com a polícia, Jamile já havia saído outras vezes com Aliomar e acompanhou pessoalmente a execução do advogado na Estrada dos Japoneses. Conforme as investigações, ela tramou o crime, inclusive facilitou a entrada dos bandidos no apartamento, deixando a porta semi-aberta. A menor e Taiane, embora soubessem que o advogado seria morto, não foram até o local do crime. Elas foram deixadas na cidade por Jamile, Evilásio (autor dos três disparos) e Renato. Taiane contou na delegacia que Aliomar pediu “pelo amor de Deus para não ser morto, pois tinha um filhinho”. Mesmo sabendo que o advogado seria assassinado, Taiane não avisou a polícia, pois, segundo ela, teve medo de sofrer represálias. A prostituta é apontada pelo vizinhos como uma pessoa dissimulada e também é acusada de ser viciada em drogas. Foi num apartamento onde ela residia que a polícia encontrou os pertences de Aliomar (duas garrafas de uísque, um aparelho de DVD, a carteira da Ordem dos Advogados do Brasil e outros objetos de menor valor).
Até às 13 horas desta quinta-feira as duas prostitutas continuavam sendo ouvidas pelo delegado de Homicídios, Otoniel da Mota Júnior.