sábado, 13 de outubro de 2007

Deputado Miguel Sena é acusado dar calote em ´formiguinhas´ e coordenadores de campanha nas eleições de 2006.

O deputado estadual Miguel Sena (PV – Guajará-Mirim) está sendo acusado de ter dado o calote nas ´formiguinhas´ e coordenadores que trabalharam para ele na campanha eleitoral de 2006. Formiguinhas e coordenadores estão pleiteando verba indenizatória no valor aproximado de R$ 60 mil junto à Justiça do Trabalho. As ações das formiguinhas estão tramitando na 1ª Vara do Trabalho e a dos coordenadores na 5ª Vara. A sentença do processo dos coordenadores está marcada para o dia 18 de outubro, próxima quinta-feira. No processo das ´formiguinhas´ só figuram cinco reclamantes. Aos coordenadores da campanha, o deputado estadual teria prometido a importância de R$ 2 mil mensal, no período de 2 de maio de 2006 até o dia da eleição (02.10), mas segundo a denúncia na Justiça do Trabalho, esse pagamento nunca foi honrado. Os três coordenadores – Luiz Wanderley da Silva, Israel Trindade Lourenço e Jorge Afonso Souto, são dirigentes estudantis da União Estadual Rondoniense dos Estudantes Secundaristas (Ueres).
O coordenador-geral da campanha de Miguel Sena, professor Jorge Lourenço, negou em seu depoimento na audiência na 5ª Vara do Trabalho que o candidato não possuía coordenadores, à exceção dele próprio e de duas professoras de Guajará-Mirim, reduto político do deputado. Segundo Jorge, o único apoio que seria dado aos dirigentes estudantis era político e não financeiro. Várias testemunhas de defesa de Miguel Sena foram dispensadas por apresentarem ligação estreita com os acusados. VÍNCULO Uma das provas encontradas pelos coordenadores para desmascarar a farsa da falta de vínculos plantada pelos defensores de Miguel Sena foi um contrato de locação de veículo. Nesse contrato, Miguel Sena alocou um veículo no nome de Jorge Afonso Souto (foto ao lado) e assinou como fiador. A cópia do contrato foi anexado aos autos como prova do vínculo de trabalho entre o coordenador e o deputado eleito. OUTRO LADO Nossa reportagem tentou ouvir a versão do deputado Miguel Sena, mas acabou saindo pela porta de traz da Assembléia Legislativa e não atendeu o contato feito pela reportagem do O OBSERVADOR.