terça-feira, 23 de outubro de 2007

Gasolina boliviana é vendida livremente em Guajará-Mirim

Em Guajará Mirim, bolivianos estão vendendo gasolina e óleo diesel contrabandeado em território brasileiro, sem qualquer repressão por parte de autoridades alfandegárias e policiais.
Dezenas de bolivianos ficam posicionados em toda a extensão da avenida da Constituição, no centro da cidade fronteiriça, onde oferecem a todos que passam pelo local a gasolina boliviana. Qualquer motorista que vá fazer compras numa grande loja de perfumes instalada na avenida também é abordado no estacionamento com a pergunta “Gasolina señor?”, em sotaque espanhol.
Numa esquina da movimentada avenida, na antiga sede da associação dos seringueiros - ASAEX, fica o ponto de armazenamento e abastecimento do combustível boliviano, que atravessa para o Brasil em pequenas embalagens (galões e garrafas pets). A gasolina fica escondida no forro de uma casa de madeira abandonada, e durante todo o dia, dezenas de motos e carros brasileiros se utilizam do esquema criminoso.
Com o preço de venda estipulado em R$1,70, um real mais barato que nos postos de Guajará Mirim, os bolivianos estão dominando o mercado negro de combustível na Pérola do Mamoré.
Causa estranheza a facilidade que os contrabandistas internacionais encontram para operar no Brasil. A reportagem constatou que alguns membros da quadrilha internacional ficam a poucos metros da Receita Federal e Polícia Federal, mas não são incomodados.
Os proprietários de postos de gasolina na cidade, maiores prejudicados pelo comércio ilegal, não se mobilizam para acabar com o crime internacional. Uma investigação do Ministério Público estadual está em curso na pérola do mamoré, tendo como alvo, policiais civis do estado.